Debate aberto em 2005/02/06

Co-incineração? Cirver? Incineração dedicada?

Aquí está um tema de debate muito urgente. Vamos a ele sem partidarite?



Contributo de JAM ...
CO-INCINERAÇÃO--------------------Contrariamente ao que pretende fazer-nos crer o PS, o método da co-incineração não é o sistema mais racional; é o sistema mais fácil. Não é preciso construir nada. As cimenteiras já lá estão e até agradecem este acréscimo de actividade tão lucrativo.No post que escrevi recentemente no Briteiros: http://www.blogger.com/r?http%3A%2F%2Fbriteiros.blogspot.com%2F2005%2F01%2Fquais-so-as-alternativas-incinerao.html apontei o link que explica o que são os CIRVER. Não podemos deitar fora tudo o que cheira a governo PSL, só porque foi feito neste período. O conceito dos CIRVER é aproveitável, porque começa por onde se deve começar, i. é pelo inventário, reutilização e reciclagem dos resíduos. Mas não é suficiente, dado que, no último nível do processo, há que introduzir qualquer tipo de tratamento térmico. Mas é aqui que eu acho que o Eng°. Sócrates, e os seus conselheiros, perderam o comboio da tecnologia. Não só porque pretendem galgar as etapas iniciais, que os CIRVER contemplam, mas também porque escolhem, dos quatro métodos de tratamento térmico existentes, o mais perigoso para a saúde, negligenciando, por exemplo, o método mais moderno e saudável, que é este: http://www.blogger.com/r?http%3A%2F%2Fwww.ambientum.com%2Frevista%2F2004_07%2FPLASMA%2520imprimir.htm Parece-me pois que começa muito mal a nova bandeira do PS do "choque tecnológico" e do investimento público na investigação e desenvolvimento! A menos que esteja por cumprir alguma promessa feita à Cimpor... O mesmo número da revista espanhola Ambientum, de 2004, tem um artigo dedicado à eliminação de resíduos na indústria cimenteira: http://www.blogger.com/r?http%3A%2F%2Fwww.ambientum.com%2Frevista%2F2004_07%2FCEMENTERAS_IMPRIMIR.htm explica muito lucidamente o processo, sem grandes paixões ecologistas, mas lembra que o método é perigoso para a saúde pública por variadíssimas razões. Enquanto que em relação ao método do plasma, diz claramente que, ao contrário dos outros três sistemas de tratamento térmico, não se produzem quaisquer emissões contaminantes para a atmosfera (dioxinas e similares), nem cinzas. Acho pois que não devemos encolher os ombros e votar cegamente SIM no referendo à co-incineração do próximo dia 20.
2/8/2005 05:04:49 PM

13 Contributo(s)

Contributo de Blogger NeuroGlider ...

Como investigador na área das ciências da vida e do meu conhecimento de toxicologia defendo que a melhor solução é a inceneração a mais de 1800ºC é a unica a permitir uma total eliminação destes compostos. Quero também lembrar que o maior contributo para o aumento destas substancias na atmosfera provem na sua maioria das queimadas e incendios florestais uma vez que as dioxinas e os compostos associados são sempre formados na combustão de qualquer massa orgânica a temperaturas inferiores a 1800ºC. Por estas razões sou objectivamente a favor do SIM.
Mas mais preocupante ainda no país é o estado das ETARS e aí o cenário é muito mais alarmante com praticamente todos estas instalações sobredimensionadas ou obsoletas. É preciso alargar o espectro das nossas preocupações. A co-incineração é quase o fari-diver (senão for mesmo) da política ambiental portuguesa que permite tudo. Desde ICN sem dinheiro e os parques naturais a pedirem aos funcionarios para trazer o papel higiênico e sacos de plástico para o lixo de casa!!!

1:08 da manhã  
Contributo de Blogger JAM ...

A co-incineração de resíduos perigosos em cimenteiras está explicitamente consignada, como uma actividade a ser eliminada, pela Convenção de Estocolmo, que Portugal assinou pela mão de um Secretário de Estado de José Sócrates. O próprio José Sócrates afirmou, em entrevista ao Público, em 21 de Agosto de 2001, que a co-incineração “vai ao encontro do espírito da convenção de Estocolmo”, porque liberta “menos dioxinas” do que a incineração dedicada. Reconhece portando que o processo não impede a emissão de dioxinas, que são substâncias descritas como os compostos químicos mais tóxicos jamais produzidos pelo homem.
Não é verdade que as altas temperaturas evitem as emissões de dioxinas e furanos.
Todo o processo de combustão produz emissões contaminantes para a atmosfera, incluindo cinzas, dioxinas e similares.
Não há nenhum documento nem estudo que negue esta realidade.
O que limita as emissões são os complexos sistemas de lavagem de gases e de filtros de mangas. Só que, para respeitar as normas europeias, há que instalar sistemas de filtragem que são extremamente caros e que, por isso, vão reduzir o interesse das cimenteiras pela utilização dos resíduos como combustível. Conhecendo os brandos costumes do nosso país, vai certamente haver tentação de batota.
A co-incineração é um método que começou a ser utilizado nos anos 90, porque não havia outros processos alternativos credíveis, o que não é o caso hoje. Os países que se lançaram na co-incineração, há dez ou quinze anos, têm sido obrigados a instalar esses dispositivos caríssimos de redução de emissões, para limitar ao máximo os danos.
Mas Portugal, felizmente, não está neste caso.
Exactamente porque estamos a começar, podemos começar com um processo limpo.

12:29 da tarde  
Contributo de Blogger pindérico ...

Que me perdoem que entre no debate apenas para me informar:
(1) Isso das dioxinas é mesmo um grande problema? É que se é também concordo que basta a referência a que emite "menos" para rejeitar a co-incineração.Mas se, como diz o 2º interveniente, os fogos florestais, as queimadas e, arrisco eu, os fogões de sala também as emitem, como vamos fazer?
(2) Quanto aos CIRVER, se bem entendo, mesmo com a opção da co-incineração eles teríam que existir. E assim? Então eu pergunto:(a)Porque é que o governo teve tanta pressa em fechar o negócio que, contrariamente à nossa tradição, foi antecipado em dois meses? (b)E porque é que isso incomodou tanto o PS?
(3) A propósito da nova solução, da atomização obtida a temperaturas acima dos 3000 graus,será que está suficientemente testada para justificar a aposta que pelo que li não deve ser economicamente muito interessante? Tem o JAM alguma ideia dos custos e proveitos da solução?
Agradeço a atenção que me possam dispensar.

7:45 da tarde  
Contributo de Blogger Unknown ...

Em termos técnicos, não tenho qualquer competência para avaliar as questões em causa e por isso acredito queo debate técnico deva ser suportado e deva resultar num conjunto de propostas alternativas com vantagens e desvantagens de cada uma das propostas para que pessoas menos habilitadas nesses assuntos possam reflectir ...
Pelo argumentado até agora, parece-me claramente que a co-inceneração mais não é que uma birra, mas volto a sublinhar a minha ignorância tecnica no tema em causa ...

Quanto às questões da estrtura do ICN, ou dos problemas dos funcionários, não me parece que seja algo verdadeiramente relevante para a discussão dos problemas ambientais do país, ao contrário do que é descrito relativamente às ETARs ... Do muito pouco que conheço, não tenho essa ideia de sobredimensionamento, inclusivamente, tenho a sensação de faltarem algumas nas zonas mais industrializadas do país ...
Contudo, se existem muitas sobre-dimensionadas e/ou mesmo abandonadas, tal resulta mais uma vez das decisões de burocratas que pouco conhecimento têm da realidade, mas que acham que sabem o que é melhor para as pessoas ... E essa para mim é razão porque o Estado intervém quase sempre mal ... Porque as soluções não nascem dos interessados, mas de alguém que externamente toma decisões arbitrárias sobre os interesses dos outros ...
O ambiente deve ser protegido e deve servir de meio de desenvolvimento e não te impedimento ao desenvolvimento ...
De que servirá um bom ambiente, se depois as pessoas não vivem bem ? Ou de que servirá viver bem, se depois não se pode disfrutar de um bom ambiente ... Quando quem toma decisões sobre ambiente, ouvir os técnicos (e não só os ambientais) e aprender que tudo na vida são compromissos, talvez possamos ter uma política ambiental mais adequada às nossas necessidades ...

7:49 da tarde  
Contributo de Blogger JAM ...

Quanto às questões de pindérico:
(1) Para dar uma ideia do mal que podem fazer as dioxinas, remeto para o meu post de hoje no Briteiros. Sei que a incineração não é a mesma coisa que um envenenamento directo e deliberado, mas dá para ter uma ideia do alto risco em brincar com substâncias tão tóxicas. As dioxinas são cancerígenas, causam doenças dermatológicas e permanecem várias décadas no corpo, podendo ser transmitidas pelo leite materno. É certo que as queimadas produzem dioxinas, mas são tanto mais perigosas quanto mais perigosos forem os produtos queimados. Não me parece, por isso, sensato defender a criação de uma nova fonte de poluição, potencialmente mais perigosa, só porque já existem outras fontes.
(2) O grande problema é que a co-incineração vai ser a panaceia milagrosa para todos os resíduos. Deixa de haver necessidade duma política integrada de resíduos industriais. A co-incineração é o caminho mais fácil. Arranja-se um sítio para queimar e deixa de haver preocupação pelos outros métodos de tratamento. Onde vai estar então a redução na produção, a reciclagem / regeneração dos resíduos, os incentivos a melhores tecnologias e a promoção de uma melhor fiscalização ? Quando é que haverá uma informação rigorosa sobre resíduos (e o seu ciclo de vida) em Portugal ? Quando é que se vai banir a utilização de várias substâncias para as quais já existem variadíssimas alternativas ?
Ora, os CIRVER respondem a muitas destas questões.
(3) Confesso que não tenho ideia dos custos comparativos. Tenho colegas engenheiros químicos responsáveis pela avaliação deste tipo de projectos, que me garantem que, nos países onde já se faz co-incineração, não há novos projectos, atendendo aos elevados custos dos sistemas de filtragem que permitiram reduzir bastante, é certo, as emissões de dioxinas e metais pesados. Quanto ao sistema de plasma ou vitrificação, tanto quanto sei, existe um projecto bem sucedido em Bordéus, desde 1995 (com dez anos!).
Ver aqui (pág 41).
Parece-me perigosa a posição de muita gente que encolhe os ombros e diz: “isto é para os técnicos...”, “é uma birra entre partidos...”, “eu não percebo nada do assunto...”. Tratando-se da nossa saúde pública, vale a pena desconfiar.
Ainda outra questão:
O cimento das cimenteiras, que vai construir as nossas casas, em regime de co-incineração fica também “dioxinado” se houver uma “lavagem” constante do cimento, tal como acontece nos tubos de água. É evidente que isso pode ser evitado, mas será que alguém se vai lembrar disso quando fizer as tubagens?
Lembremo-nos do caso do amianto, cujos efeitos cancerígenos foram ignorados durante tantos anos.

11:41 da tarde  
Contributo de Blogger NeuroGlider ...

Em relação ás perguntas do pindérico e de b.

Primeiro quero respoder ao pindérico.
O problema das dioxinas é talvez dos mais graves pois são substancias com tempos de vida no ambiente comparaveis aos materiais mais radioactivos. Enquanto os materiais radioactivos têm uma acção não específica (pois o que fazem é dar um quantidade de energia insuportável para qualquer sistema em equilibrio) as dioxinas são consideradas disruptores endócrinos, ou seja, perturbam a acção das hormonas imitando-as. E isto é especialmente importante na reprodução e desenvolvimento de qualquer ser vivo, pois é aí que as dioxinas têm uma acção mais especifica. Talvez o argumento mais conclusivo até hoje dessa acção refere-se a uma garnde de extinção em massa que se inicio á cerca de 20 anos em relação aos batráquios e que começa a ser hoje em dia também investigada em peixes, que são os animais que mais acumula dioxinas no seu orgânismo sem terem possibilidade de as elimonar. Nos batráquios as populações diminuiram drásticamente nos úlltimos anos e algumas espécies está hoje extintas (o caso mais conhecido é a rã escarlate das florestas da chuva da Costa Rica, inclusivé foi recentemente publicado na Nature (julgo que no ínicio de 2004) um report em que se mostra que os racios entre macho e fêmea haviam evoluido drásticamente no sentido das fêmeas o que pode levar a médio prazo á extinção por incapacidade das fêmeas encontrarem um parceiro. Mais parece que esta mudanças nos racios sexuais está relacionada com o aumento das dioxinas, que está também bastante documentado que interferem com a acção hormonal dos esterogénios (as hormonas sexuais). Por isso considero que algo tem de ser feito em relaçã a estes residuos e a sua acumulação não é de todo segura. No entanto, concordo que esta eliminação destas substâncias tem de ser feito de um modo integrado e explorando ao máximo todas as hipoteses de reutilização e reciclagem!

Em relação ás questões levantadas por b.

Devo dizer que o queria escrever era SUB-DIMENSIONADAS E NÃO SOBRE-DIMENSIONADAS. Peço desculpa por este lapso. Mas o problema das ETARs está também relacionado com o que as câmaras podem pedir ás industrias da região e aquilo que estas querem dar nesta matéria ambiental. Não podemos esquecer que as câmaras são muitas vezes chantageados pelos empresários com deslocalizações ou despedimentos se se veem confrontadas com terem de cumprir com os seus deveres ambientais.
E em relação ao ICN e aos parques naturais temos de ser mais objectivos e profundos na nossa análise. O problema não é os funcionários terem de levar o papel higiénico para as suas necessidades. É o facto de isso acontecer como causa da desorçamentação levada a cabo para destruir e desproteger o património ambiental portugues beneficiando as negociatas imobiliarias entre câmaras, governos cívis e grandes empreiteiros. Não podemos ser tão ingénuos quem nos governa e os que os governam aos políticos querem e usam essa ignorância para atacar aquilo que é o património de todos os presentes e dos que irao de vir.

1:26 da manhã  
Contributo de Anonymous Anónimo ...

Do muito, e muito confuso, que tenho ouvido tinha concluido que a questão era entre "incinerar só" e co-incinerar.E para mim a opção era mesmo co-incinerar! Custos dos filtros; muita monitorização;e não tem mais que ver!
Vejo agora que há outras nuances. Já valeu a pena passar aquí! Mas essa tal solução do plasma está ao alcance de um país à beira da ruina? É que eu também gostava de andar num Ferrari mas tenho que pagar as minhas dívidas ao banco e por isso ando de Fiat embora com menos alguma segurança!

ass. Mirone

1:08 da manhã  
Contributo de Blogger JAM ...

É uma vergonha!
Ou melhor, é uma pouca vergonha!...
Depois do cabeça de lista do PS por Leiria, Alberto Costa, ter rejeitado qualquer possibilidade de introduzir a co-incineração na cimenteira da Maceira, foi agora a vez do cabeça de lista do PS por Setúbal, nada mais nada menos, que o “patrão” António Vitorino, prometer que não haverá co-incineração em Setúbal na cimenteira da Secil.
Está-se mesmo a ver que, como o PS tem repetido, a co-incineração é um processo inofensivo. Agora ficamos à espera que a “pára-quedista” escolhida, pelo PS, para cabeça de lista por Coimbra, defenda também um qualquer projecto de requalificação ambiental da serra do Caramulo e rejeite também a co-incineração na Cimpor de Souselas!
É esta a seriedade do novo rumo que Sócrates promete para Portugal.

2:25 da manhã  
Contributo de Blogger JAM ...

O que é o Plasma?Que me perdoem, pela repetição, aqueles que já leram os meus textos no Briteiros, mas A Mesa do Costume parece-me um excelente repositório de questões interessantes, pelo que aqui vai mais uma tentativa de esclarecimento desta questão, tão mal conhecida dos portugueses.
Em todas as discussões a propósito do tratamento dos resíduos perigosos aparece, mais cedo ou mais tarde, a inevitável pergunta: Afinal, quais são as alternativas à co-incineração para tratar os resíduos não recicláveis, sem pôr em perigo a nossa saúde pública?
O projecto CIRVER, implementado pelo governo e defendido pela Quercus, refere uma percentagem ínfima de resíduos, resultantes do processo de valorização/reciclagem, que seriam tratados termicamente, ora no estrangeiro, ora em unidades alternativas a construir segundo uma tecnologia mais saudável.
Existe uma empresa francesa, a Europlasma, cujos fundadores são antigos especialistas da Aeroespacial, que fabrica, entre outros, os foguetões Ariane e os aviões Airbus, que propõe um equipamento de vitrificação dos resíduos industriais perigosos.
Para além do projecto que lançou a Europlasma, como alternativa de sucesso no tratamento de resíduos, no município de Bordéus, uma grande parte do seu volume de negócios, faz-se actualmente no Japão. Mas a empresa está em vias de alargar a sua actividade, nomeadamente aos Estados Unidos, Canadá, Taiwan e Coreia.
Outra empresa, que utiliza igualmente esta tecnologia de conversão de resíduos em plasma, é a Techplasma.

6:11 da tarde  
Contributo de Anonymous Anónimo ...

Fui hoje à procura de mais informação sobre este assunto e encontrei aqui muito do que me parecia importante ver esclarecido. Por exemplo, sobre a técnica do plasma deixo para debate isto que de lá tirei!

As principais vantagens e desvantagens do uso de plasma na decomposição térmica de substâncias são:

Vantagens

- elevadas temperaturas causam rápida e completa pirólise da substância orgânica, permitindo fundir e vitrificar certos resíduos inorgânicos;

- Os produto vitrificados são similares a um mineral de alta dureza;

- Reduções de volume extremamente elevadas, podendo ser superiores 99%.

Desvantagens

- É uma técnica dedicada, exigindo um avultado investimento, até porque só pode ser rentabilizada quando acoplada a uma central termoeléctrica. O elevado investimento pressupõe a continuada disponibilidade de resíduos a tratar o que pode ser comprometedor para uma estratégia de redução, a médio ou longo prazo, dos mesmos;

- O volume de gases inicialmente gerado é mais baixo do que na combustão convencional, mas depois da combustão dos gases produzidos, é idêntico ao de outras formas de incineração;

- O sistema não dispensa um sofisticado sistema de lavagem de gases, tal como a incineradora dedicada, nomeadamente para a retenção dos metais voláteis e dos gases ácidos;

- Para o tratamento de resíduos diversificados, em particular contendo matéria orgânica em quantidades significativas, as técnicas de pirólise não parecem ter alcançado grande desenvolvimento industrial. Os resíduos acabam por ser incinerados de forma indirecta, isto é, são decompostos e depois eliminados por combustão;

- No que diz respeito à produção de dioxinas/furanos, os sistemas estão dependentes das tecnologias de recuperação térmica utilizadas a jusante, não sendo claro que se possa garantir inequivocamente uma vantagem nítida sobre as tecnologias de incineração mais avançadas nem com as técnicas mais simples de gaseificação.

Afinal como é?

Ass. Mirone

10:11 da tarde  
Contributo de Anonymous Anónimo ...

Acabei por não deixar o link!
Aqui fica ele. É da Comissão Científica Independente.
http://paginas.fe.up.pt/~jotace/

Ass. Mirone

10:15 da tarde  
Contributo de Blogger Biranta ...

Há muito que não "escrevinhava" por estas bandas, por absoluta falta de tempo.
A esta discussão venho apenas dizer que não tinha opinião formada sobre o assunto, por ignorância e que os contributos que aqui li me foram muito úteis.
Um abraço a todos.

5:02 da tarde  
Contributo de Blogger JAM ...

Gostaria de responder ao Mirone, que me parecem algo suspeitos os argumentos provenientes da (dita) Comissão Científica Independente. Passo a explicar porquê:

O decreto-lei, que criou, em 1999, a Comissão Científica Independente de Controlo e Fiscalização Ambiental, consagrou, no seu artigo 5°., que o mandato da comissão caducará antes do fim do prazo assinalado no art.4°. (três anos), se o processo de co-incineração nas cimenteiras for suspenso por tempo indeterminado ou abandonado. O presidente da comissão, Formosinho Simões, auferia um salário comparável a um director-geral (650 contos, na altura), enquanto os restantes membros ganhavam 75 por cento desse valor, podendo, ao mesmo tempo, acumular esta função com um cargo em instituições do Estado (eram todos professores universitários) o que, já de si, não será lá muito ortodoxo no que respeita ao princípio da exclusividade da função pública. Mas pronto...
Portanto (voltando atrás), se os membros da comissão apresentassem um parecer contrário à co-incineração, o seu mandato de 3 anos, prorrogável (sem limite) por igual período, terminaria, deixando de auferir as chorudas remunerações do cargo. Se, pelo contrário, dessem um parecer favorável, continuariam a auferir essas remunerações.

Uma segunda razão, para as minhas suspeitas, tem a ver com uma série de erros técnicos e científicos detectados pela Quercos nos relatórios da comissão científica. Se os quiserem ler, eles estão compilados nesta página : http://www.co-incineracao.online.pt/Erros_TC_CCI.html.

9:04 da tarde  

Participe

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